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A guerra perdida: 31 vítimas de bala perdida em 31 dias, no Rio de Janeiro.

A guerra perdida: 31 vítimas de bala perdida em 31 dias, no Rio de Janeiro. O povo não se dá conta que 90% dos casos de balas perdidas, 31 casos apenas em janeiro aqui no Rio, é fruto de uma guerra estúpida e perdida contra o tráfico de entorpecentes; não percebe que o álcool e o cigarro são drogas regulamentadas que matam mais que todas as outras drogas proibidas juntas; não se dá conta que o que alimenta o tráfico é a ilegalidade; não atina para o fato de que a falta da regulamentação como ocorre com o tabaco e o álcool é que se tornou o grande problema. Fuma e bebe quem quer, mas se fizer besteira vai preso pela besteira que fez, se for crime, e não porque fumou ou bebeu já que isso é da livre vontade de cada um desde que não atrapalhe a vida dos outros: está ferrando apenas sua saúde e sua vida. Qualquer um tem direito a isso. Ninguém para pra pensar que de 1920 a 1933, quando o álcool foi proibido nos EUA, a guerra foi lá. Morreu foi gente. Até aparecer outro presiden...

Guerra às Drogas: 53 anos de fracasso

53 anos de fracasso. O termo ' guerra contra as drogas' cunhado por Nixon, em 1962, sintetiza perfeitamente a razão do fracasso: toda guerra é uma estupidez. As drogas ilícitas já estavam proibidas, entre elas a cocaína, a maconha, o ópio.   O álcool, que já fora proibido durante os 14 anos que durou a Lei Seca que gerou os danos colaterais conhecidos pelo grande público através da cinematografia, já não mais era uma droga proibida, assim como o tabaco, as duas drogas que mais matam no mundo em função de seus efeitos na saúde da humanidade e no comportamento humano. Nesse caso o poder econômico falou mais alto já que nem os Estados nem as transnacionais queriam abrir mão dos recursos gerados por sua regulamentação.   Em 2010, os números do tabagismo batia 346,2 bilhões de dólares, para um lucro líquido de 35,1 bilhões. Para se ter uma ideia do que isso representa, essa mesma quantia  é alcançada somando-se, naquele mesmo ano,  da Coca-Cola, da Mic...

Ode à Vila Cruzeiro

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ODE À VILA CRUZEIRO Meus gritos despertam as noites, ferem os tímpanos das madrugadas, atravessam ruas e cidades, violentam fronteiras, misturam-se aos berros de dor, aos sussurros e gemidos de amor, ao silêncio que acompanha a lágrima que corre na face da vida, antes de se perder no nada. Meu grito é mais que um grito! É lamento de cada esperança morta, mas também vagido. Se incomodar, pouco importa! Vai além das janelas, não respeita portas trancadas pelo cinismo, pelo egoísmo, pela apatia geral. Meu grito é irreprimível. Sai de mim mas pertence aos bêbados caídos em cada beco, às putas e decaídas, aos meninos que moram na esquina, às vítimas de cada chacina, à legião excluída do banquete da vida. Meu grito é a rajada mortal, é o som da bala perdida, o olhar de incredulidade, da dor surda, dor aguda, da mãe que perde a vida, por ela criada, por ela p...