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Mostrando postagens de março, 2010

De velas, vida e cais

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De velas, vida e cais Há uma tristeza infinita na Vida. Dessas, descarriladas nos vagões das noites, onde o vento assovia misturado ao uivo dos cães. Não é uma tristeza dizível, dessas que dissecamos em lágrimas para exorcizá-las. Não. É uma tristeza em cumulus nimbus que enegrecem o sol, apaga as estrelas ou qualquer luar boêmio, inundando as madrugadas. A Vida está só. Só, de mim. Sente falta de meus risos, de meu sorriso, de meu olhar, e dos sons que faço quando liberto meus passos que desesperadamente focinham damas e calçadas, sem medo e sem destino, no breu dos becos ou na luz da Lapa, sem temer esquias sombras ou lâminas de um olhar vadio que escapa, nesses mares e amores. Há, nela, uma tristeza voraz, que rosna, ruge e morde, numa convocação que presente não será atendida. E chora. Chora todas as horas que se perderam em minha demora. A Vida, é sempre jovem. E o tempo, passa. Conheço a inexatidão do destino, q

Novo esbulho contra o Rio de Janeiro e o povo carioca e fluminense

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Novo esbulho contra o Rio de Janeiro e o povo carioca e fluminense Paulo da Vida Athos É histórico esbulhocontra o Estado do Rio de Janeiro. Fruto da inveja e dos interesses subalternos primeiramente da corte portuguesa, depois dos cafetões da República, o Rio de Janeiro nunca se livrou de ser alvo da cobiça ou do ódio daqueles que são pobres de espírito, mas geralmente poderosos política ou materialmente. Basta lançar um olhar para o passado, desde o início, quando surgimos na criação de Dom João III, nas Capitanias Hereditárias. Foi sempre um “pega-pra-capá”. Volta e meia alguém ou abandonava ou tirava uma lasca de nossas terras, em razão do interesse mais chão, o do ter, em detrimento da grandeza do povo e da terra fluminense. Sou carioca da gema, mas não concebo, hoje, separar o Rio do Rio, a cidade do Estado e vice-versa, mesmo sabedor que a Lei assinada pelo presidente Ernesto Geisel , fundindo o

A Vida é uma Mulher

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Caminhei pela terra, não com passos qualquer, nem com medidas ou bússolas, caminhei vivendo os passos dados, certos ou errados, mas nunca despretensiosos. A maioria bate no peito e clama bem alto: -“Não vim aqui a viagem!”; pois eu vim. E viria outras vezes, se tal fosse possível. Veria mais cachoeiras e mares, contemplaria mais desfiladeiros, mergulharia em águas de tantos rios que não conheci, subiria mais montanhas me apresentando a flores que meu olhar nunca olharam ou perceberam. Veria tudo igual, mais muito, muito mais intensamente e dormiria menos, para ter mais horas cobertas de descobertas, de cheiros e de perfumes, de cores e luzes, e das curvas sempre femininas que se desenham nas serras. Curiosamente o belo é, em sua maioria, do gênero feminino; e quando não é se desdobra a quase não ser para se tornar o que não era para poder se dar. É o caso dos oceanos, que depois são mares, ambos por todos (apenas) navegáveis, até