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Castigo

Castigo Ocupas minha memória em retalhos que vou recolhendo enquanto costuro uma história eterna e inacabada, que tem alicerce no nada, para desembocar em sonhos que levam a lugar nenhum. Te dei todo amor que eu tinha. Tu, não tinhas nada. Teu castigo não é ser vazia! É o nunca ter sentido amor algum... Rio, 1 de Janeiro de 2017. (Primeira visita do ano)

Primeira carta a Pedro

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Querido Pedro, Pensei muito, antes de poder começar a escrever esta carta.  Ia começar dizendo “Meu filho”, “Meu querido filho, “Meu menino”, e por aí a fora: meu, meu, meu, etc. ...meu.  Mas, vi que estava errado.  Errado porque você é de fato isso tudo: amado, querido, menino, mas... não é meu. Não é meu porque sua vida, embora eu tenha mil preocupações como todo pai inseguro e mesmo o mais seguro dos pais, sua vida não me pertence e você pertence à vida, e essa é uma lei imutável que nenhum ser humano pode alterar. Por isso comecei assim “querido Pedro” retirando o “meu”, porque embora o amor que sinto seja imenso, não poderei viver sua vida que vai se alongar no tempo, até depois, muito depois que a minha.  Essa mesma lei natural, e também imutável, irá apagar um dia de seus olhos minha imagem enquanto meu espírito cavalgará o vento na garupa de minha saudade. Não posso querer que você seja uma projeção de mim, porque você é você e eu sou eu....