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Quando um juiz não é Magistrado

Magistrado é aquele que, intimamente convencido, independente de forças externas ao processo que exijam a condenação, absolve ainda que colidindo com a vontade dessa maioria; e, igualmente condena, ainda que todos clamem pela absolvição de um réu, fundamentando sua decisão, em ambos os casos, de forma trasnparente como a imagem que se vê através de um espelho de cristal. Não fazendo dessa forma, é apenas alguém que ocupa uma das funções socia is mais importantes para a democracia, de forma ditatorial, pequena e arbitrária. Magistrado é aquele que se tiver que colocar condenados em liberdade, quando a prisão não apresenta condições mínimas para a execução da pena com dignidade humana, não teme fazê-lo diante da opinião pública ou midiática. Já aconteceu isso algumas vezes no Brasil. Sem advogados não existe democracia, é correto. Mas sem magistrados, ela nem nasce, e, se nascer, morre ao primeiro suspiro. No Brasil, regra geral, quando a mídia aponta para um juiz, ele é magistrado é ...

O juiz que julgou os Orixás

O juiz que julgou os Orixás... Um juiz federal aqui no Rio de Janeiro disse que o Candomblé e a Umbanda não são religião, por não ter um livro escrito e por não ter deus. Isso não é juiz e nunca será magistrado. É um fundamentalista religioso. E preguiçoso. Disse não existir "hierarquia", provando desconhecer o que é um babalawo, uma yalorixa, um ogã, um pedigã, uma yalaxé, uma ekedji, um yaô. Não sabe o que são os búzios, os opelês e as parábolas de suas caídas, não sabem quem é Ifá.  Nunca ouviu falar na Casa Branca, em Estela de Oxossi, nem em Menininha do Gantois. Queria encontrar um "texto-base", uma "Bíblia", escrito pelo povo yorubano, dahomeano, banto ou nagô. Inculto, e pouco dado ao estudo, não sabe que toda tradição religiosa afro e afro-brasileira é oralística. Hodiernamente (e isso a partir dosúltimos 100, 120 anos), é que pessoas e grupos estão historiando e catalogando a tradição de minha religião. Tirando da oralidade o que podem, men...