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Pobreza

Pobreza Então é assim,  arrasta-te feito correntes reverberando tuas  lamentações que vão batendo de porta em porta  pela ruas da cidade, a suplicar piedade, a expor vergonhosamente tuas chagas regadas por lágrimas que quase não mais tens. Tornaste-te um farrapo, dizes,  em nome do amor, um amor inexprimível, fantástico,  jamais sentido ou devotado, quase humanamente impossível, não fosse, tu mesmo,  o decreto que afirma essa humanidade: tolo, arrogante, presunçoso. Não!  Nunca destes o sentimento mais bonito! Nunca destes, nada! Não tens o amor. O amor nunca se dá. Ele não é possuído e se nega possuir. O amor, é. Não és o amor. Muito menos é o amor a pessoa amada. O amor está,  ou pelo menos deveria estar, em ti. Mas, como estaria se nem por ti sentes amor? Andas assim aos pedaços,  a vender uma alegoria em cada porta, a envergonhar o amor nas esquinas de teu ...