País que tem advogado como o presidente da OAB-Federal, nem precisa de Ministério Público






País que tem advogado como o presidente da OAB-Federal, nem precisa de Ministério Público.






Não gosto do político nem da pessoa chamada Demóstenes Torres.  Aliás, sua figura e seus atos pretéritos, seus prejulgamentos, tudo nele me repugna.

Mas não posso pactuar com as palavras do presidente da OAB,  Ophir Cavalcante, quando ele afirma que a renúncia é a “única saída” para o senador, já que, segundo sua avaliação ele “perdeu a condição de falar em nome de seus eleitores, do povo de Goiás.”

Isso, partindo do presidente nacional da Ordem dos advogados do Brasil, é minimamente estranho e tem contornos fascistas.  Quem tem um advogado desse, nem precisa a participação do Ministério Público: o sujeito já está condenado.

Onde está a ampla defesa, dr. Ophir?

Ao atropelar a necessidade do devido processo legal, e, pela mesma via, o princípio da inocência presumida, o senhor jogou na lixeira o que todo advogado tem o dever de defender: ninguém pode ser considerado culpado sem que se esgotem todos os recursos, sem o trânsito em julgado da sentença condenatória penal.

Esse é um princípio basilar para um Estado Democrático de Direito.

Não quero minha pátria com uma justiça fascista!

Creio que, partindo do princípio norteador da justiça de sua excelência, ele também deveria renunciar à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil.

Ou pelo menos se desculpar.

E, juntamente com Demóstenes, sair da cena pública.


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